sábado, 21 de julho de 2012

Alunos que façam voluntariado poderão incluir essas acções no seu curriculum vitae

sábado, 21 de julho de 2012 0
Por Lusa

O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, reiterou esta terça-feira a intenção de incluir nos diplomas dos alunos do ensino secundário as acções de voluntariado em que participaram.

Esta é uma das medidas que estará plasmada no Plano Nacional de Voluntariado que o Governo pretende apresentar até ao final de Julho. “Muitos jovens estão empenhados em acções de voluntariado e essa dimensão também tem de ter uma capacidade efectiva de concretização”, disse Mota Soares à margem da conferência “Uma nova geração de Voluntariado”, organizada pela rede My Social Project, em Lisboa.

Para Mota Soares, é “fundamental” garantir que as escolas tenham projectos de voluntariado, uma iniciativa que deve ser desenvolvida em coordenação com o Ministério da Educação.

Por outro lado, defendeu, devia incluir-se “nos diplomas escolares do ensino secundário a dimensão do voluntariado que os jovens vão fazendo”. “É muito importante sensibilizarmos os jovens nas escolas e explicar-lhes que, hoje, o mercado de trabalho olha cada vez mais não só para a formação, mas também para a dimensão social e para as acções de voluntariado que tem vindo a fazer”, sustentou.

Nesse sentido, salientou, “é muito importante poder promover com o Ministério da Educação, junto das escolas, muitas destas iniciativas”. O ministro anunciou que até ao final do mês será apresentado o Plano Nacional de Voluntariado que criará a rede para o desenvolvimento do voluntariado.

O plano será “transversal a todo o Governo e terá um conjunto de concretizações que poderá passar por alterações legislativas”.

“Hoje faz todo o sentido rever a lei de bases do voluntariado que tem cerca de dez anos e não contempla novas dimensões como a da responsabilidade social das empresas”, defendeu.

Pedro Mota Soares afirmou que é “muito importante” conseguir motivar as empresas para ajudarem instituições sociais e causas sociais, “mas também, do ponto de vista da sua gestão de recursos humanos, poderem ter muitas acções de voluntariado.

Lançado em Março, o My Social Project é uma rede social que “acredita na capacidade de mobilização das sociedades e das novas tecnologias para a concretização de projectos sociais”. Partindo de valores como a equidade, cidadania e voluntariado, My Social Project pretende dinamizar o universo da solidariedade e ter um papel interventivo na sociedade portuguesa, através de uma rede activa de voluntários, causas e empresas que, de forma interactiva e directa, podem estabelecer contactos entre si, criar pontes, parcerias e cadeias de entre-ajuda.

Segundo o co-fundador do projecto, Pedro Bártolo, os três meses da rede têm sido “muito promissores”, contando já com mais de 2000 voluntários inscritos e mais de 150 instituições. “Os nossos objectivos continuam a ser os mesmos, ambicionamos chegar ao final do ano com 5000 voluntários, mas estamos convictos que iremos superar esse valor”, disse Pedro Bártolo.
 
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